sábado, 6 de agosto de 2011



O arrependimento, a mágoa, a dor, o passado, o medo continuavam a persegui-la como se ela fosse uma condenada. Ela tentava fugir, mas nem ela mesma podia se ajudar. Não tinha auto-estima, não se tinha nas mãos. Não havia ninguém para ajudá-la. Se achava complicada demais, para relacionamentos ou para pessoas. Mas era tudo tão simples. Ela só precisava de alguém que lhe mostrasse como o amor realmente era. Mas as coisas ainda não estavam acabadas. Na verdade sua vida era um grande projeto abandonado, algo que ela já havia desistido de tentar consertar fazia tempos. O passado era difícil de esquecer, o arrependimento fazia nós em sua garganta, a mágoa era a mais difícil de lidar, ou talvez fosse a dor que não deixava seu corpo, fazendo com que cada músculo se contraísse numa posição desconfortável, porém reconfortadora. O medo era simples, ele fazia o buraco mais raso nela e ela já havia se acostumado a viver com ele. Se deitava toda noite desejando que as coisas ficassem melhores mas elas só acordavam piores. Ela tentava amar, mas sempre tropeçava nos seus antigos erros. Ela tentava mudar, mas nunca poderia ser algo que não era. Nada era bom, era tudo pela metade. Ela estava pela metade, e as suas lacunas não pareciam mais se preencher como antes.

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